quero-tebem
jogos...
e do nosso também.
e do que ainda falta jogar.
e dos dias que vamos multiplicar.
mais abraço menos abraço, mais beijinho menos beijinho.
Cáceres e Guadalupe, 2006
livro
Estava em casa lá pelas 23.30h. Hora pouco normal para estar em casa, para abrir as janelas e para estar sozinha. Hora menos normal para encontrar as palavras dos livros que tem junto à cabeçeira da cama. Já sabia de cor todos os livros mas continuavam ali, à mão de semear, para voltar a ler e ler e ler o que um dia estava mesmo a precisar de ler. Horas repetidas que fazem lembrar outros tempos e outros dias em que escrevia, sem parar, no diário azul. Havia razões para ler e para escrever e para pedir o que quer que seja, caso fosse essa vontade.Teve vontade de voltar a dizer tudo o que lhe apetecia.
Quando acordou, voltou a abrir as janelas e deixou que os gatos fossem para a rua. Estava escrito no livro que ela iria a correr pelas ruas sem dar conta dos passos e da distância percorrida.
Hoje, voltou a fazer as malas e começou a partir para outro lugar à procura de resolver o que ainda a inquieta no coração.
dulce
Porque o teu sorriso não me sai da cabeça e o teu jeito de ser muito menos.Porque sinto saudades do que nunca poderei viver contigo e do que a joana e tu um dia viriam a fazer.
Porque as lágrimas de quem fica por cá nunca te voltam a ver.
O anjo que me deste está na minha sala e eu acredito que está lá em cima a olhar por nós.
são tantos os motivos
que me esqueci de sorrir para ti (hoje de manhã).
a menina do cesto.
a menina que partiu ontem e a menina com quem ela foi ter.
a menina que ficou e que estes dias estará comigo a dançar e a rezar.
a menina que está quase a nascer.
a menina que vai passear e o menino que vai com ela.
os meninos que vão casar.
os meninos que estão por perto.
as meninas da família que estão sempre.
os meninos do quadro que estão garridos.
só não vou ter saudades do Iva, do caderno de encargos, dos empreiteiros, dos logotipos, do excel, das conversas mesquinhas, das outras conversas e do que ficou hoje fechado na minha secretária.
até já
mar, metade da minha alma é feita de maresia
os presentes têm que ter tempo para ser presentes. têm que sair da cabeça e voltar a entrar pelas mãos. os presentes são presentes quando são inteiramente pensados para quem se destinam.o quadro estava na sala, da sala para o escritório e do escritório para o quarto. hoje foi embrulhado e desembrulhado e no desembrulhar veio um sorriso agarrado à fita-cola.
um grande obrigada pela presença que ao longo de 4 anos se fez presente.