quando lá dentro estava quente quando tudo previa estar frio lá fora

Foste a razão da viagem de umas férias para fugir
Foste a razão da viagem de uma férias para fugir
Encontrei-te na paragem, no descer e no subir
Dei o teu nome a toda a gente e a todos te quis chamar
Dei o teu nome a toda a gente e a todos te quis chamar
Dei a tua voz ao vento e ao movimento do teu andar

Foste a frescura da minha sede
Andei contigo na minha mão
Foste a frescura da minha sede
Andei contigo na minha mão
Pintei a boca de rosa e verde
Foste o gelado do meu verão.

António Variações Humanos

de partida para o fim-de-semana

When past sometimes takes you with soft hands
Forceless it pulls you to your chair
Hides you away from these half/off days
Sunless, at the end of the year

The air is like a knife cutting through you
A room in the house is always warm
Stretched down on the bathroom floor thinking
Of fair days your future may hold

Love comes like surprise ice on the water
Love comes like surprise ice at dawn
Love comes at dawn

Deprived all the light of colours
The world ends at your window tree
Darkness creates these illusions
That pale days can teach you to see

Rain falls but no life is given
Weeks pass, no progress is made
Past sometimes takes you with soft hands
And all that surrounds you will fade

Kings Of Convenience - Surprise Ice

no dia em que tudo é mais claro

Cartier-Bresson Henri

de partida

se o meu chefe me abandonou para ir para uma reunião, porque razão não posso eu abandonar as minhas "candidaturas" para ir ver o mar. ambos estaremos a trabalhar para o país.

Maria, María

o coração começa a vestir-se cedo demais, tarde demais, na hora errada ou com o tempo trocado. para o ballet tenho hora marcada e a possibilidade de escolher a música para dançar. obrigada aos meninos que escolheram as músicas para as danças de logo à noite. quero muito dançar esquecendo quem me olha.

Maria, María
Es un don, es el sueño, el dolor
De una fuerza que nos alerta
Una mujer que merece vivir
Y amar como otra mujer del planeta

Maria, María
Es él son, es color, es sudor
De una lagrima que corre lenta
De una gente que ríe
Cuando debe llorar
Y no vive, apenas aguanta.
Pero hace falta la fuerza
Hace falta la raza
Hacen falta las ganas siempre
Dentro del cuerpo y las marcas

Maria, María
Confunde dolor y alegría.
Pero hace falta la maña
Hace falta la gracia
Hacen falta los sueños siempre
Dentro la piel y esas marcas
Posee la extraña manía
De creer en la vida

Milton Nascimento
Fernando Brant

quero-te bem (a vida é bela)



gostava que isto tudo não fosse uma questão de pontos, ganho 10 se te dou a mão, perco 20 se não te ensino a amar.
gostava que o meu pai me garantisse a vitória e que o prémio não fosse um tanque de guerra.
gostava de ter tido a coragem de ter sorrido no dia em que a madalena me piscou os olhos.
bom dia, princesa! ainda vou a tempo de sorrir para ti?

quero-te bem

gostava de ser pequenina e pedir ainda o teu colo,
de contar as ovelhas dos meus lençois,
de esticar o corpo sem pressa.
gostava que a vida fosse apenas uma,
e que ao dançar o corpo as minhas mãos se abrissem.
gostava que a minha cara não fosse o espelho do silêncio do coração.
hoje, só hoje, gostava de ter a resposta.

reencontro

o melhor do dia foi o teu abraço à noite.

programa para logo à noite


é verdade... os meus olhos já brilham com a ideia de ir ao comício do cavaco (desculpa rodas!).
já imprimi a letra da música de campanha e já a ouvi mais de 10 vezes.
já voltei a tirar da carteira a fotografia do cavaco que estava guardada desde 1996. em grande!

depois de 6 horas de viagem...

até às penhas da saúde

moral da história:
não devia ter ido (sozinha) a um lugar demasiado bonito ... lembrei-me que estou sozinha.
há lugares que são de 2 e nunca de 1, há lugares que multiplicam os sentimentos.

entre o fim da manhã e o início da tarde

comprei 9 tulipas brancas (na esperança de receber 9 margaridas cor-de-rosa).
obrigada pela companhia.

trocar as vozes

ouvi do outro lado: tantos sorrisos. estás tão bem! que bom.

ontem à noite, quando voltei a entrar naquela casa quentinha, luzes meias abertas e meias fechadas, cheiro a bolo ou a terra molhada (se tivesse coragem de abrir a janela)... apeteceu-me ficar muito mal só para vires ter comigo novamente. pegavas-me ao colo e insistias em darmos um abraço de 10 minutos.
mas tu descobriste: eu estou bem.

às 0 horas desta sexta-feira 13

coincidências
sabemos com quem e onde seriamos felizes, inevitavelmente felizes , sem outra opção.
sabemos que nunca deixariamos fugir uma amizade só porque sabiamos que inevitavelmente seriamos felizes (já não percebo nada disto!).
que amizades estranhas são estas as de hoje em dia! e que amor é este?

e.. vá lá.. uma dor de cabeça que me impede de pensar mais nisto. uma dor de cabeça fora do normal para uma sexta-feira.

conversa/desfesa a 30 de Janeiro (a 200km de Coimbra)



Assunto: "um mapa do mundo que não inclua a utopia, nem sequer merece ser olhado, porque ignora o único reino em que a humanidade atraca sempre, antes de içar as velas em busca de outra terra ainda melhor" Oscar Wilde

Pergunta-chave: não tenho. (será que servem as palavras: lugar, não-lugar, utopia...).

Tese: 400 páginas a falar de uma geografia que eu gosto

ps.: talvez por insistir que é sempre possível as coisas impossíveis se tornarem possíveis... talvez por isso, entre outras coisas, é que nunca sei responder às perguntas triviais de geografia. mesmo assim, sou geógrafa.

receita explosiva


receber chocolates e ao mesmo tempo poupar nos beijos
o melhor de tudo é ficar surpreendida

será tudo mal, tudo mal, tudo mal?

Ele há pessoas que perdem tempo a gozar com os outros, a dizer mal dos outros, a criticar o que os outros fazem ou gostam de fazer.
perda de tempo. perda de tempo. perda de tempo.
mais ridículo do que criticar o mundo e as pessoas é não tentar fazer nada pelo mundo ou pelas pessoas.
é certo que o sofá é quentinho e sabe muito bem ficar cómodo, mas a atitude mais ridícula é criticar os outros sem, no entanto, ter um vida menos ridícula do que a do próximo.

inventem-se pessoas que não gozem com os outros. estou cansadita!

e fica tudo resolvido com um pouco mais de

DEDICAÇÃO
contudo, porém...

cafofo

depois de ter dançado ao som de mozart.
o famoso "bufo" estava a deitar quente para o meu quarto. o tal "bufo" que é da cor dos meus 2 gatos. os dois gatos que dão nome à loja onde comprei a minha caneca de chá preferida que tem um gato e um peixe estampada e dá para meio litro de chá tranquilizante (é como está escrito na caixa).
e os gatos andavam por entre o edredão de penas e eu estava encostada à cama com o peluche_urso_quente ao meu lado direito. como acontece todas as noites tiro um livro para ler e, desta vez, agarrado ao Ruy Belo apareceu o Código da Vinci. já tinha lido duas páginas e nunca mais avancei na leitura. não gosto de romances, de livros grandes, de livros que encontrei quase todos a ler no café, na biblioteca, nos bancos das paragens do autocarro, nas passadeiras enquanto se espera a passagem ao verde. É certo que até um power point sobre o livro já fiz mas nunca o tinha lido nem sabia que falava de geografia.
ontem saltei de capítulo em capítulo e, vá lá, mais um dia ou outro e acabo a leitura... como todos os que encontrei, embrenhados na leitura, devem ter feito.
não estou rendida, estou à procura das descrições de uma cidade que, só por acaso, é a cidade que quero levar a minha mãe um dia.
até lá

Over The Rainbow

só é preciso mais uns pozinhos de prilimpimpim


When all the world is a hopeless jumble
And the raindrops tumble all around
Heaven opens a magic lane
When all the clouds darken up the skyway
There's a rainbow highway to be found
Leading from your windowpane
To a place behind the sun
Just a step beyond the rain
Somewhere, over the rainbow
Way up high
There's a land that I dreamed of
Once in a lullabye
Somewhere, over the rainbow
Skies are blue
And the dreams that you dare to dream
Really do come true
Some day I'll wish upon a star and wake up where the clouds arefar behind me
Where laughter falls like lemon drops away above the chimney tops
That's where you'll find me
Somewhere, over the rainbow
Skies are blue
And the dreams that you dare to dream
Really do come true
If happy little bluebirds fly
Beyond the rainbow
Why, oh, why can't I?

no final do ano

ouvi as palavras que queria ouvir. 2 anos de espera passaram a correr, 2 anos a gostar sem saber porquê.
desliguei o telefone e disse que te telefonava mais tarde. não te consegui responder.
não vou mudar de vida para gostar ainda mais de ti. não vou partir para outro continente para ir ao teu encontro. não vou deixar o que tenho para passar a ter o que é teu.
ainda assim, ouvi dizer que estamos num novo ano e merecemos novos propósitos para os próximos dias. a minha mãe acertou nos meus. eu acerto nos nossos: mais liberdade para sermos felizes longe um do outro, até que um dia a vida nos diga alguma coisa de novo, alguma coisa ainda melhor, alguma coisa diferente... quando chegares terás a minha resposta. por agora quero ficar no meu cantinho, pode ser?